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Análise Estatística de Dados Geológicos
Análise Estatística de Dados Geológicos
Milton Barbosa Landim
Editora Unesp
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A tentativa de aplicação de métodos quantitativos em Geologia coincide com o seu estabelecimento como ciência moderna, e pode-se citar como exemplo que a subdivisão do Terciário, feita por Lyell em 1830, baseou-se na proporção de espécies recentes de moluscos presentes nos diversos estratos da Bacia de Paris. Não alcançou, todavia, um estágio de quantificação comparável àquele existente em Física ou em Química, e isso se deve fundamentalmente ao grande número de variáveis envolvidas nos processos geológicos, e ao fato de que essa ciência trabalha com uma quarta dimensão, o tempo. Nos últimos 30 anos, porém, tem sido notável a mudança da fase puramente descritiva dos fenômenos geológicos para um enfoque quantitativo. Esse processo de transformação das Ciências da Terra baseia-se em três fatores principais: a facilidade de acesso a computadores digitais, a introdução do conceito de modelos matemáticos para a explicação de fenômenos geológicos e a procura da integração dos diversos fenômenos geológicos através da Teoria da Deriva Continental.
A aceitação por parte dos geólogos tem sido bem maior no tocante à Tectônica Global, e isso pode ser facilmente constatado nos livros-textos de Geologia básica mais recentes, que já apresentam e discutem tais conceitos. O mesmo não acontece com a aplicação de modelos quantitativos, utilizando-se ou não de computadores, e isso porque os geólogos, acostumados com a utilização do método das múltiplas hipóteses, julgam que
podem lidar com fenômenos naturais apenas em termos qualitativos, e acabam por criar uma barreira entre os dados obtidos e o seu manuseio. Um dos motivos alegados é que os métodos quantitativos utilizados são julgados extremamente complexos e apresentados numa linguagem matemática de difícil entendimento. Há uma certa verdade nisso e, se é desejo que profissionais e alunos ligados à área de Geociências analisem quantitativamente seus dados, é necessário que os métodos lhes sejam apresentados em linguagem conveniente. Esta é a principal meta deste texto.
Desse modo, espera-se que o processo de atribuição de valores, de acordo com certas regras, aos dados de campo ou laboratório, sejam eles referentes a quantia, grau, extensão, magnitude etc., e o subseqüente tratamento matemático dessas observações, traga uma sensível melhoria nos seguintes campos de atividade em Geologia:
a) na amostragem, pelo fornecimento de critérios segundo os quais as amostras geológicas coletadas sejam representativas das populações sob estudo;
b) na análise de dados, pelo registro sistemático e ordenado dos valores obtidos e pela representação gráfica que resuma os resultados; também pela identificação de tendências, agrupamentos e correlações;
c) na comprovação de hipóteses de trabalho, pela verificação de conceitos
ou modelos de processos geológicos;
d) na previsão quantitativa, quando da solução de problemas específicos
que envolvam extrapolações.
Somente desse modo é que a Geologia, além da sua característica fundamental de ciência que estuda o presente para interpretar o passado, passará a ser também uma ciência que entende o presente para prever o futuro.
Editora | Unesp |
Autor | Milton Barbosa Landim |
Formato | |
Leitor | Drumlin Security |
Impressão | Não permitida |
Seleção | Não permitida |
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