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Liberdade para o Alemão
Liberdade para o Alemão
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scrito pelo Ex-Comandante Geral da Polícia Militar do Rio de Janeiro, Coronel Mário Sérgio de Brito Duarte, o livro narra a reação da PM e de aliados aos ataques realizados pela facção criminosa Comando Vermelho entre os dias 22 e 28 de novembro de 2010, quando os criminosos incendiaram veículos e atacaram postos e viaturas das Forças Legais, levando pânico à população do Rio de Janeiro.
Utilizando-se da estratégia de amedrontamento para tentar encurralar o governo estadual e forçar um retrocesso na Política de Pacificação que lhes minava as forças, os ataques do CV acabaram por fomentar o sentimento de união nacional contra suas estruturas perversas e permitiram ao Estado aplicar-lhes um golpe fatal, tomando-lhes o principal reduto de resistência, desmontando-lhes o castelo de crenças na indestrutibilidade.
O livro retrata, principalmente, as duas grandes operações de resgate dos territórios da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão.
O espocar ensurdecedor dos tiros vindos da Vila Cruzeiro nos atraía a atenção. A fuzilaria indicava que o BOPE continuava a atacar. Transportados pelos CLANFS, iam, os Caveiras, ao encontro dos traficantes que ainda resistiam entrincheirados em barricadas e casamatas. Atendi ao celular meio que instintivamente.
Do outro lado, meu interlocutor questionou num tom de estupefação:
— Mário, você está perto de uma televisão? Meu Deus, olha aí o que o helicóptero está transmitindo, Mário!! Eles estão fugindo por uma estrada de chão!!! É uma vergonha isso Mário! Uma vergonha! – esbravejou o Secretário de Segurança que assistia as cenas do seu gabinete.
Num ataque avassalador, o BOPE havia rompido a última linha de defesa dos traficantes. Pedras de toneladas, buracos e valas, os CLANFs ignoraram tudo como se tivessem sido construídos especificamente para vencê-los e ridicularizá-los naquela batalha. Com seus possantes motores rugindo como tigres famintos, punham, agora, a correr como lacraias amedrontadas, o magote dos infernos que horas atrás vomitava falsa coragem pelos rádios portáteis, desafiando a tropa. A malta desesperada tentava sair como podia tomando a estrada da pedreira: um caminho de chão amarelo, batido, bastante largo e íngreme, cheio de curvas sinuosas que dá acesso à Estrada Velha da Pavuna cortando a Serra da Misericórdia entre os morros do Alemão e do Caricó. Editora Ciência Moderna.
Editora | Editora Ciência Moderna |
Autor | Mário Sérgio Duarte |
Formato | |
Leitor | Adobe Digital Editions |
Impressão | Não permitida |
Seleção | Não permitida |
Frete | R$ 0,00 (Download imediato) |
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